Texto 2 do livro “Como Ser Feliz…”
1.1.1 Os efeitos das lamentações
Ainda que você não tenha vinculo com religião e que não leia livros “sagrados”, por questão de inteligência, sabe que esses revelam importantíssimos segredos e que, por falta da adequada interpretação, a humanidade padece enquanto poderia aprender, por em prática, e ter uma existência feliz. Dentre os inúmeros segredos revelados nos “livros sagrados”, encontramos um dos mais formidáveis na Bíblia: “Porque aquilo que temia me sobreveio; e o que receava me aconteceu”. Jó 3:25
Temer, recear, lamentar, lastimar, deplorar, carpir-se, amedrontar-se, acovardar-se, flagelar-se, queixar-se, maldizer, murmurar persistentemente, descontentar-se, falar mal de outrem quando deveria observar-lhes as virtudes, questionar maliciosamente, protestar injustamente, conspirar, rebelar-se com egoísmo e ingratidão, difamar, espalhar boatos maledicentes e irritação, estimular rixa e rejeição, atuar com o coração cheio de amargura, espalhar desânimo e sentimento de perda, implicam inquietudes que produzem maléficas toxinas causadoras de mau-hálito, gastrite, úlceras pépticas, indo das infecções assintomáticas às fulminantes. São essas atitudes e hábitos que geram as alterações no metabolismo, elevando o teor de acidez do sistema sanguíneo e as probabilidades de câncer e de outras doenças.
1.1.1.1 Vitimização e dissabores
Quem se dedica à lamúria desmedida e sem fundamento, age como uma aranha que tece a sua teia para destruir suas vítimas, alimentando-se com a suas essências. Tal qual a aranha predadora, a pessoa murmuradora aprisiona-se ao seu parasitário padrão de negatividade e de problemas de caráter, enrolando-se com a sua vítima na sua teia. O seu diálogo interno é autocrítico depreciativo, preso à vitimização ilusória e à estrutura mental inconveniente que leva à verbalização dos constantes discursos pejorativos, enquanto estende a sua malha de insatisfação e amargura.
Ao constatar que a vítima está ao alcance da pegajosa teia que o cerca, o lastimador ingrato e ardiloso afeta-lhe o estado de humor, tornando-a mais susceptíveis às queixas, às frustrações, às carências e ao aprisionamento. Desta forma, quanto mais vítimas capturar, maior será a expansão do seu nefasto domínio onde as amarras e as complexas preponderâncias emocionais restringem o exercício de uma vida com autonomia, determinando a substituição da felicidade plena pelo desânimo, vinculado à amargura, às reclamações e à ingratidão.
A existência do habitual lamentador fica vinculada às sujeiras e aos acúmulos de dissabores que não se extinguem facilmente, nem mesmo após algumas gerações contadas a partir da sua passagem por essa térrea dimensão.
1.1.2 Opção nociva
Por força do hábito que se tornou automático, o lamentador passa a reclamar naturalmente de tudo, inclusive de quem o apoia, sem ter noção do seu diálogo destrutivo, da sua ingratidão, da sua displicência, da sua falta de caráter, da sua condição de ser desagradável e de afrontar as pessoas da sua convivência, a própria essência e, principalmente, ao SENHOR DA VIDA.
Quando uma pessoa opta por reclamar de ou por algo que lhe desagrada, em verdade, afirma a seu EU divino: “é exatamente isso o que eu quero em minha vida!”.
Continuação na próxima semana.
Sérgio Bento De Sepúlvida Júnior
Sócio Administrador e Escritor
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